~~Cadeira Giratória~~

Bom, logo que o elevador parou no 5º andar o rato, digo, presa, digo, homem, isso, homem, desceu correndo do elevador sem sequer olhar para trás, claramente, eu, usava de toda a minha capacidade para segurar o riso.
No 8º andar descemos eu e minha chefe, juntas, cada uma indo para um canto, caladas, afinal, eu sabia de seu segredo, porém, ela não era do tipo de pessoa que é fácil de acreditar estar perdendo a cabeça com um rato, digo, homem, daquela estatura.
Acontece que logo que virei no corredor de minha sala, algo como um raio de sol em dias de chuva, um oásis no meio do deserto, vida no meio do cemitério, bom, qualquer outra coisa que seja literalmente a visão da esperança, cruzou meu caminho.
Alto, loiro, olhos verdes claros, um sorriso cativante que foi como se meu impulso de mulher subisse em minha garganta, me sufocasse e apenas após me deixar sem rumo controlar-se de novo. Realmente, eu perdi o rumo, virei no corredor e minha porta não abria, e foi apenas após me segurar nela para não derreter enquanto tentava abrí-la que o deus grego, digo, oásis, digo, anjo, digo, visão, digo, maravilha, digo, milagre, digo, ah, "ELE" veio por trás de mim com sua voz mansa e gostosa dizer baixo enquanto me tocava nos ombros que aquela não era a minha sala e sim a dele. Sim, a Dele, virei pro lado errado e quase invado a sala dele, mas, a sala não importava a questão se resumia ao: "Tem um deus grego no escritório do lado, gzuis' me abana." Pois bem, virei rápidamente de frente para ele, ainda apoiada na porta, suando frio, quando ele afastou-se e cortêsmente me abriu a porta do meu escritório, onde já de pernas bambas joguei-me sem sequer pensar duas vezes, fechando a porta enquanto ainda estava no ar antes de cair na minha cadeira de rodinhas e giratória.

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